O vaticano e o fogo amigo

Por: Julio Marinho

O Vaticano vem sofrendo nos últimos dias o que se convencionou chamar de fogo amigo, todas as vezes que alguém abre a boca para tentar defender ou justificar os abusos dos padres, nos casos de pedofilia, acaba acertando no pé da santa madre. Parece até ingenuidade, embora todos saibamos, que de ingênuos os cardeais não têm nada. Talvez seja só a velha e boa arrogância de sempre, afinal o Vaticano não esta acostumado a se defender, muito pelo contrário, a ele cabe sempre o papel de acusador.

A igreja ultimamente parece mais uma fera acuada que sai atacando tudo o que vê pela frente, ou como alguém que ao cair em areia movediça, se atola cada vez mais ao se debater.

O Vaticano tem gasto mais tempo tentando justificar as bobagens proferidas pelos seus cardeais, do que achar um caminho mais justo para os casos de pedofilia. Acho engraçada a tática de se fazer de vítima, como se a mídia fosse culpada pelo momento conturbado que passa a instituição. A própria igreja que sempre se arvorou em fazer julgamentos, agora se vê julgada pela opinião pública, pena que esse julgamento não seja feito de maneira clara, ou pelo menos de  maneira razoavel, mas como já sabemos, a cegueira da fé não permite o uso da razão. Também me incomoda o ar de ineditismo dos escândalos, como se a igreja nunca estivesse envolvida nesse tipo de abuso.

Muito poder nas mãos de poucos, esse é o terreno mais que fértil para os crimes que a igreja católica vem cometendo ao longo da história.

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