Ontem, 12/10/2010, uma Juíza americana emitiu uma decisão válida em todo país, anulando a execução da política "Don't ask, don't tell"(Não pergunte, não fale), implementada 1993 pelo então Presidente Clinton, que permitia o serviço militar a homossexuais, desde que estes omitissem sua orientação sexual.
A Juíza Federal Virginia Phillips decidiu que a política viola os direitos dos homossexuais militares. Um funcionário do Departamento de Justiça dos EUA disse a Associated Press, que a decisão esta sendo revista, e que não houve, até esse momento, indicação de que o órgão iria entrar com um recurso. O recurso não é obrigatório, e os observadores sugerem que o DOJ, sob a supervisão do presidente Barack Obama, simplesmente deveria permitir que a decisão da juiza fosse aceita, sem ser contestada.
A ação foi impetrada em 2004 pela Log Cabin Republicans, uma organização de defesa dos homossexuais. Os conservadores ficaram alarmados com a decisão da juiza. Tom Sears, diretor-executivo do Centro de Preparação Militar, chama a conclusão de Phillips de "obra de um ativista ". "Isso (a decisão) é particularmente notório, porque ignora a deferência que é tradicionalmente dada aos militares e ao Congresso pelos tribunais", disse ele sobre o veredito no caso.
"Inacreditável. Nossas forças armadas estão lutando contra inimigos estrangeiros, enquanto esta juiza louca atrás de nossas próprias linhas, decide lançar uma granada de mão em nossos próprios quartéis," disse Robert Knight, escritor sênior da Coral Ridge Ministries. "A arrogância da juíza é impressionante", disse Knight, um antigo líder contra os direitos dos homossexuais.
"Ela decidiu que é mais inteligente do que Deus, mais de 1.163 generais e almirantes aposentados que apoiam a política dos militares, as centenas de deputados e senadores que votaram a favor da lei em 1993 e gerações de líderes militares que acreditavam que a moral afeta a disciplina e que a conduta dos homossexuais prejudica a prontidão militar ", disse Knight.
Na verdade seria preferível se o Congresso revogasse a "Don't ask, don't tell", que durante 17 longos anos tem impedido os homossexuais de servir com dignidade nas Forças Armadas americanas. Mas o clima político é tão envenenado pelo preconceito, que uma solução legislativa não é muito provável.
Então, já que existem juristas acima das disputas políticas, livres de preconceito e dispostos a acabar com a discriminação, que assim seja.
Enquanto isso as autoridades do Pentágono dizem precisar de mais tempo, porém, os danos já foram muitos. Mesmo quando a nação luta em duas guerras, a lei tem obrigado a mais de 13.000 militares em serviço, incluindo alguns com habilidades extremamente necessárias, a sair.
"Don't ask, don't tell" é uma violação dos direitos civis abominável. Phillips esta certa em por um fim nisso!
Decisões como esta da Juíza, provam que a conquista de direitos das pessoas LGBTs, é uma tendência mundial. Mesmo diante do coro dos inconformados, mesmo diante de toda a manifestação raivosa e desesperada dos homofóbicos de plantão, os homossexuais de maneira lenta, mas contínua, conseguem conquistar direitos que nem deveriam ser negados.
Mesmo aqui no Brasil, a tendência é que nos próximos anos, alguns direitos venham a ser conquistados. Claro que isso seria mais fácil e rápido, se os LGBTs tivessem mais formação política. Mas também não podemos nos esquecer, que o movimento pelos direitos dos homossexuais no nosso país, é relativamente novo, portanto, ainda carente de uma maior mobilização. O importante é ter esperança e continuar lutando.
Finalmente! :)
ResponderExcluirÉ o começo do fim!
ResponderExcluirCom certeza é o fim do Exército dos EUA...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO problema é que não foi o fim dos exércitos de Israel, Alemanha, Canadá, etc...
ResponderExcluirLeia mais, pra não correr o risco de falar besteira.